Wednesday, February 28, 2007
Futebol Internacional
Bis de Liedson garante «meias» aos leões
O Sporting venceu a Académica por 2-1 e está nas meias-finais da Taça de Portugal, juntando-se a Belenenses e Beira-Mar, que eliminaram Bragança e Boavista, respectivamente. Falta apurar mais um semifinalista, Sp. Braga ou Varzim (25 de Março). Liedson bisou, Dame reduziu ao cair do pano.
«Temos de mostrar de que massa somos feitos.» Os jogadores leoninos entenderam as palavras de Paulo Bento e tiveram entrada de «leão» no relvado de Alvalade, com Moutinho (grande primeira parte) a empunhar a batuta e Liedson a dizer que não esqueceu a arte de marcar. Nos primeiros 20 minutos, o leão mostrou a rua raça, marcou dois golos (4 e 11 m) e outros ficaram por facturar. Depois, a equipa leonina tirou o pé do acelerador, mas sempre com o jogo controlado. O Sporting exercia clara supremacia no meio campo, não dando hipóteses à Académica de gizar jogadas de contra-ataque. Apenas Filipe Teixeira (o melhor dos «estudantes»), aos 44 m, levou o perigo à baliza de Ricardo, que defendeu à segunda.
Surpreendida com a entrada de rompante do Sporting, a Académica ficou «atordoada» e só reagiu na segunda parte. Manuel Machado mexeu no «onze» e a sua equipa surgiu disposta a mudar o rumo do jogo. Os «estudantes», agora mais atrevidos, passaram a surgir mais vezes na área leonina. Ainda assim, os «leões» dispuseram de situações para elevar a vantagem, mesmo a jogar em ritmo mais lento, nada comparável ao dos primeiros minutos de jogo.
A expulsão de Vítor Vinha (falta duríssima sobre João Moutinho), aos 55 minutos, foi duro golpe na estratégia de Manuel Machado. A Académica ficou fragilizada, mas o Sporting não tirou partido dessa situação. Em vez de aumentar a pressão sobre o adversário, «pensou» que a eliminatória estava ganha e acabou por sofrer um golo ao cair do pano (Dame), quando os adeptos leoninos já festejam nas bancadas a passagem à meias-finais da Taça de Portugal.
A vitória do Sporting não sofre contestação, mas há que realçar a atitude da Académica, que mesmo em inferioridade numérica não baixou os braços. Lutou até final e conseguiu um golo, levando o nervosismo às hostes leoninas, se bem que já muito perto do apito final.
A nível individual, o destaque vai para as exibições de Miguel Veloso, João Moutinho e Liedson, os «motores» da equipa leonina. Nani está sem confiança, Bueno esforçou-se mas foi ineficaz no momento da finalização. Bom regresso do lateral-direito Abel, a defender e a atacar. Por parte da Académica, Filipe Teixeira foi o mais inconformado, mas Dame, autor do golo, também esteve em bom plano.
Estádio José Alvalade, em Lisboa
Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Desporto
Petro ganha e já lidera em Angola
Com um golo de Manucho, a cinco minutos do fim, o Petro de Luanda superou ontem o Benfica da capital, em partida a contar para a terceira jornada do Girabola. A equipa do português Bernardino Pedroto assumiu, embora provisoriamente, a liderança da prova, com 6 pontos em 3 jogos, enquanto Manucho é o melhor marcador, com 5 golos.
O guarda-redes João Ricardo foi titular e o médio Vítor Pereira entrou ao intervalo num partida antecipada devido à participação das duas equipas nas Afrotaças.
O resto da jornada está agendado para domingo e inclui os seguintes jogos: Benfica do Lubango-Santos FC, Petro do Huambo-Sagrada Esperança, Juventudo Moxico-Académica do Soyo, ASA-Desportivo da Huíla e 1.º de Maio-1.º de Agosto.
Com um golo de Manucho, a cinco minutos do fim, o Petro de Luanda superou ontem o Benfica da capital, em partida a contar para a terceira jornada do Girabola. A equipa do português Bernardino Pedroto assumiu, embora provisoriamente, a liderança da prova, com 6 pontos em 3 jogos, enquanto Manucho é o melhor marcador, com 5 golos.
O guarda-redes João Ricardo foi titular e o médio Vítor Pereira entrou ao intervalo num partida antecipada devido à participação das duas equipas nas Afrotaças.
O resto da jornada está agendado para domingo e inclui os seguintes jogos: Benfica do Lubango-Santos FC, Petro do Huambo-Sagrada Esperança, Juventudo Moxico-Académica do Soyo, ASA-Desportivo da Huíla e 1.º de Maio-1.º de Agosto.
Desporto
Morre em campo jogador de futebol americano
DAYTONA BEACH, EUA - O jogador de futebol americano Javon Camon, do Daytona Beach Thunder, morreu nesta segunda-feira vítima de uma pancada na cabeça durante um jogo entre sua equipe e o Columbus Lions, pela liga americana de futebol indoor (WIFL, na sigla em inglês).
O jogador de 25 anos ficou inconsciente após um choque e, de acordo com os médicos, quebrou o pescoço. Durante dez minutos, os médicos tentaram reanimar Camon, mas ele não resistiu e morreu no estádio de Daytona Beach.
No site oficial do Daytona Beach Thunder há uma homenagem ao jogador, destacando o seu espírito e sua determinação em campo. O comissário da WIFL, Gary Tufford, disse em comunicado publicado na página do Thunder que a temporada será dedicada a Camon. "Um pequeno grande jogador", definiu.
Internacional
Mundo
FIDEL DIZ ESTAR FORTE, MAS PEDE PACIÊNCIA.
Cubano conversou com Hugo Chávez em programa de rádio.
É a primeira vez que ele fala ao vivo depois da internação.
O líder cubano Fidel Castro disse nesta terça-feira (27) no programa de rádio do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que se sente mais forte e pediu paciência ao povo de seu país, enquanto se recupera de uma doença não revelada que o afastou do poder no ano passado.
É a primeira vez que Fidel, de 80 anos, fala ao vivo desde sua última aparição pública em 26 de julho de 2006, cinco dias antes de transferir temporariamente o poder ao seu irmão Raúl.
"Não posso te prometer ir direto para lá e te acompanhar numa dessas viagens. Mas sim, vou ganhando terreno, me sinto com mais energia, mais força e mais tempo para estudar", disse Fidel a Chávez, que comentava seus planos de viajar à Argentina e à Bolívia na próxima semana.
"Voltei a ser um estudante", disse Fidel rindo enquanto falava ao vivo com o presidente venezuelano, numa conversa que durou cerca de meia hora.
No diálogo, Fidel parecia articulado e comentou a forte queda registrada na Bolsa de Valores de Nova York na terça-feira, criticou o presidente norte-americano, George W. Bush, e falou com entusiasmo do aquecimento global do planeta.
A doença de Fidel, que segundo a televisão cubana estava mais forte e lúcido na conversa com Chávez do que em sua última aparição televisiva, gerou rumores na imprensa mundial, alguns deles dando conta de que o líder cubano teria câncer terminal.
"A todo mundo, peço paciência e calma, que todos estejam tranqüilos. O país marcha, que é o importante, e peço também tranqüilidade para mim, para poder cumprir minhas novas tarefas", disse.
As últimas imagens de Fidel foram divulgadas no dia 30 de janeiro pela televisão estatal cubana por causa de uma visita do próprio Chávez, que comentou como se tornou a principal fonte de informação sobre a saúde do líder cubano.
"Você me transformou numa espécie de emissário ou de fonte. Aquele que quer saber como está Fidel, vem aqui, me liga, conversa comigo e eu, bem, sempre digo a verdade, o que está acontecendo: sua recuperação, seu exemplo, sua constância", disse o presidente venezuelano.
"Camarada, companheiro, você sabe que para isso não tenho complexos: te chamo de pai diante do mundo. Até a vitória sempre", disse Chávez. "Até a vitória sempre", respondeu Fidel antes de os dois encerrarem a conversa com o habitual "venceremos".
PADRE CONGO RECUSA AMNISTIA
O padre Jorge Casimiro Congo reagiu contra a amnistia que lhe foi concedida pelo Tribunal da Comarca de Cabinda, na sequência do crime de agressão de que foi vítima o bispo de Saurimo e então administrador apostólico da Diocese de Cabinda, Dom Eugênio Dal Corso, quando este se dirigia para uma eucaristia matinal, na Paróquia de Imaculada Conceição, onde o sacerdote era pároco.
O sacerdote a quem o tribunal provincial constituiu arguiu no processo, para supostamente responder pelo crime contra o bispo Dal Corso disse que a história foi muito mal contada e gostaria chegar até as últimas consequências para esclarecer a verdade mesmo que para tal fosse necessário cumprir a prisão.
«Não esperava beneficiar de uma Lei de Amnistia porque eu esperei sempre ser julgado. Estive sempre e estou sempre disponível a ir até e às últimas consequências. Digo-lhe pois a verdade: uma coisa aprendi nesta vida que já fiz o que tinha que fazer como dizia Gandhi. Não tenho mais nada a ganhar e nada mais a perder, porque eu acredito que esta história de Cabinda não sou eu o pivô disso, não sou eu que vou acabar com a contestação popular, isto vai continuar como foi antes de mim e depois de mim e estou disponível a ir aonde for e não tenho o mínimo receio de pegar a minha maleta e ir à prisão».
Em relação à crise que a Igreja de Cabinda atravessa, como consequência da nomeação de Dom Filomeno Vieira Dias para bispo da Diocese e que levou à divisão da Diocese em duas alas, Casimiro Congo diz viver com tristeza este momento, lamentando, contudo, o facto de a igreja revelar-se até agora incapaz de resolver o problema.
Para o padre Congo, não será para breve que a igreja se livrará da situação enquanto perdurar a suspensão de alguns sacerdotes e outros tantos como ele próprio e continuarem fora dos altares.
«É triste quando as pessoas não são capazes de resolverem as questões e põem tudo nas mãos de algumas pessoas, mas digo a verdade que vai ser muito difícil desfazerem-se de mim por uma questão muito simples: este povo me assume como sou, com os meus defeitos, com as minhas virtudes, com as minhas grandes qualidades e com a minha inteligência. No entanto, não é fácil o povo ver-me fora dos altares, fora dos púlpitos, de modos que vai ser muito difícil a igreja se desfazer-se de mim».
Quanto ao processo de paz assinado em Agosto passado entre o Governo e o Fórum Cabindês para o Diálogo liderado por António Bento Bembe, o padre Jorge Casimiro Congo, um dos signatários dos acordos de constituição daquele órgão representativo dos cabindas, considera o actual momento de paz como sendo mais um ciclo de fracasso que a história de Cabinda conheceu.
Para o sacerdote, esta espécie de paz rubricada por Bento Bembe cela mais um ciclo que vai gerar uma nova geração de políticos. O processo em si, segundo o sacerdote, não resolve definitivamente o problema de Cabinda.
«Duas coisas que reputo importantes: a primeira coisa é pena que seja amnistiado com pessoas que mataram, com pessoas que mataram crianças de tres meses. É pena uma amnistia que não tem limites, que não tem conteúdo jurídico e político. A segunda coisa que eu acho verdadeiramente de estrema importância neste momento de silêncio que passei e que vou reflectindo sobre a minha vida e sobre a vida deste povo, meu povo e povo que sou é que Cabinda tem vivido sempre ciclos. Já passou o ciclo de Alexandre Tati em que os portugueses pensaram com Alexandre Tati, vindo com militares, que o problema de Cabinda tinha acabado. Agora vêm outros ciclos. Eu estive a ler agora uma carta, creio que seja dos anos 1999 e 2000, nos tempos do comandante Sita, em que recebi uma carta terrível acusando-me que eu estava contra os compatriotas que vinham das matas e que eu podia ser responsabilizado disto. Ora, mesmo a vinda desses compatriotas que vieram das matas o problema de Cabinda não acabou.
Logo, estou a espera que este ciclo também passe, que essa espécie de paz que as pessoas dizem, no entanto, continuamos a ser perseguidos, continuamos a viver uma perseguição que nunca vivemos até agora. Vai surgir um novo ciclo e esse já começou com o surgimento de novas lideranças como a de Agostinho Chicaia e Martinho Nombo, pessoas que até agora eram desconhecidas e que São neste momento referência para o povo de Cabinda».
O sacerdote diz, no entanto, celebrar com alegria o nascimento de um novo ciclo e espera ver o ciclo de António Bento Bembe terminar do mesmo jeito que acabou o ciclo de Alexandre Tati.
«Ora, assim como errou o português, porque você é muito jovem, nós tivemos o Calabuba, um dos incrementos sociais que mais impacto teve. No entanto, foi o momento de maior contestação política de Cabinda».
Para o padre Casimiro Congo esta situação vai continuar porque a questão de Cabinda
É muito profunda, é de alma, passam gerações e o problema vem ao de cima, viram gerações e o problema sobe e aconselha o Governo a reconhecer o povo de Cabinda primeiro como povo, daí é que se vão discutir as outras questões.(
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